terça-feira, 25 de agosto de 2009

"I never had any friends later on like the ones I had when I was twelve"


Nada mais significativo. Ontem, depois de um xis-coração, assisti Conta Comigo. De novo. É formador de caráter, sempre digo.

Aproveito pra copiar e colar um texto que escrevi no meu ôtro blógue sobre esse filme em junho do ano passado, intitulado "When the night has come and the land is dark..."


Cheguei da sessão masoquista desse sábado e liguei a tv. Trocando os canais, me deparei com um fundo preto e as inscrições "Stand by me" em branco. A tradução, com legendinha logo abaixo, dizia "fica comigo". Duvidei de mim. Pensei: "ah, pode ser outro filme com o mesmo nome. Eu nem lembro como começa o filme. Vamos ver se é..." Nisso, Richard Dreyfuss surge, sentado no seu carro, com cara de cú e olhando pro jornal que noticia a morte de um advogado em uma briga num bar ou algo do gênero.

Aí gritei feliz. Sim, era Conta Comigo, um dos meus filmes favoritos de todos o tempos. Minha mãe veio pedir o porque da felicidade, aí expliquei que era um dos filmes da minha vida e passava direto na tv quando eu era uma jovem menina nos anos 80. Ela demonstrou surpresa (e um certo orgulho, vá lá) por eu lembrar disso e guardar com carinho.

Aí todas as personagens passeavam na minha frente. Comecei a pensar na morte do River Phoenix e como ele era bom. Depois, lembrei que o gordinho foi o Joe das baratas e detetive em Crossing Jordan. Lembrei (durante o filme todo) que o Corey Feldman tinha sido abusado sexualmente nessa época e como a carreira dele foi pro beleléu (e pro Bordel de Sangue, clássico do Contos da Cripta). O menino, Gordie, que seria o Richad Dreyfuss no futuro, nunca mais vi, só sei que fez Star Trek da nova geração e até um espisódio do C.S.I. que eu não lembro. O irmão dele - que tinha morrido uns meses antes num acidente de carro - era o John Cusak. O líder da gangue de adolescentes malvados da cidadezinha de Castle Rock era o Jack Bauer. Ãm, o Kiefer Sutherland, no caso.

Que saudade que me batia de tudo. Como entrei no filme! E foi a primeira vez que o assisti legendado. E eu ria alto o tempo todo. E gritava junto "eu quero desviar do trem!" ou a melhor "vou arrancar sua cabeça e cagar no seu pescoço!". Achei fofinho os meninos brigando e logo depois fazendo as pazes, resolvendo seus problemas na conversa, consolando, desabafando, perdoando e sendo perdoados. Muito maduro e exemplo a seguir pra tanto marmanjo aqui ao redor.

O River Phoenix roubando o dinheiro do leite do colégio, devolvendo pra professora, que roubou² o dinheiro e comprou uma saia pra ela, enquanto o marginalzinho com consciência amargou três dias de suspensão e apanhou, mais uma vez, do pai bêbado. Ou o Gordie, que se intitulava "menino invisível" depois da morte do irmão e tinha muita mágoa do pai, que preferia o filho morto.

Depois as escatologias: a história do gordo que se vingou da cidade que o chamava de... gordo - Fat Ass Hogan, Large Ass Hogan, algo do gênero - fazendo todo mundo vomitar num concurso de comer torta e o sanguessuga no saco! Pobrezinho do menino, desmaiou.

E a perda da inocência e a coisa certa a fazer quando encontram o corpo do menino que eles foram procurar. Um ar solene, de um respeito verdadeiro e sincero. Depois de brigar por ele, obviamente.

Cada um com seus problemas e particularidades. Cresceram na minha frente. E eu cresci na frente deles também. E eu não canso desse filme é nunca, jesuiscristinho! Me emociono sempre que assito, choro muito, e me emociono agora lembrando dele. Choro de cantinho pela perda da inocência e pela responsabilidade de gente grande chegando. Espero ansiosa.


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Pois é, a responsabilidade de gente grande me pegou...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Mágica em Oz


Olha só, 25 artistas deram sua versão de O Mágico de Oz. A minha favorita foi essa:



As outras estão aqui.

Mais uma perda


Depois de tantas perdas recentes, essa cabe ser mencionada aqui.

Ontem morreu John Hughes, o diretor dos melhores filmes dos anos 80.

Fica aqui a lembrança e uma sincera homenagem a quem, com certeza, ajudou a moldar meu caráter com seus filmes.







Ele também foi roteirista de outros tantos filmes, como A garota de rosa shocking, de todos os (4!!) Esqueceram de mim, Alguém muito especial, todos os (5!!) Beethoven, Dennis, o pimentinha, entre tantos outros.