sexta-feira, 19 de março de 2010

"Jacob, arrume os feridos"


Assisti a Os dispensáveis (Die Entbehrliche, 2009) essa semana e tinha que escrever algo. Pena que não consegui fazer isso logo que saí da sala de cinema. Que sensação arrebatadora. Talvez eu que esteja muito sensível, pode ser né. Mas que eu saí meio tonta, saí.

Uma mulher do meu lado pediu: "gostou?". Eu abri os braços e disse: "MUUUUITO!"

Gosto de me emocionar assim. Hiperbólica, vejam só.

Nesse filme alemão, um menino chamado Jacob tem 11 anos e lida do seu jeito com os problemas em casa. Com uma edição não-linear, mas não aquela coisa louca bem destacada, a gente vai sabendo o que aconteceu. É como se as coisas que aconteceram fossem lembradas nos momentos certos.

O pai dele é doido. Sério. Uma hora tá feliz, todo mundo tá feliz, todo mundo quer dançar. Na outra já acha defeito e fica agressivo. Exemplo: a mulher toda contente porque tem comida quente em casa. Ele fica PUTO porque ela gastou dinheiro com uma chapa pra aquecer comida. Ele liga a velha, toda enferrujada, e, pra provar que ainda funciona QUEIMA a cara da mulher. Logo que ele faz isso, já percebe a merda que fez e pede desculpa.

A mulher vai pro hospital e a gente percebe que ela é alcoólatra. Que ela tenta se livrar disso mas não consegue. A vida é difícil, a falta de dinheiro, a irresponsabilidade do marido.

E o moleque lá no meio de tudo.

Logo ele chega em casa e descobre o pai suicida. Esconde o corpo o máximo que pode. E acaba desenvolvendo umas características que o pai tinha, mas ele odiava. Ele fica agressivo abruptamente com a namoradinha dele, menina rica que anda pra lá em pra cá com uma câmera.

A cena talvez mais significativa seja a do show de talentos do colégio, onde as crianças se rebelam das condições das suas existências. O "cunhado" do Jacob ia tocar Mozart no piano, mas acaba improvisando um blues pra mostrar pro pai que não é só uma marionete que faz o que ele manda. Mas morri de rir com o Jacob "tocando tambor".

Ele entra no palco com um paletó de número maior que o dele, com duas baquetas ao alto. Como num show de rock. A professora o anuncia. Ele vai ao microfone e diz: "vou tocar Mozart! não não. vou improvisar". Aí o moleque se posiciona atrás de dois latões, tipo esses de lixo, e começa a bater neles com as baquetas, sem ritmo nenhum.

Nessa hora enfiei as duas mãos na cara numa tentativa desesperada de poupar as outras 12 pessoas que também assistiam ao filme de serem atrapalhadas pelas minhas gargalhadas. Falhei de leve, porque umas duas gaitadas escaparam.

Ele terminou e ergueu os braços novamente, como se estivesse sendo ovacionado pelo público mais eufórico e volumoso do planeta.

E percebi que o filme é bem isso. Não é pesado e bad vibe (expressão tosca de gente que pega onda, aposto) como li por aí. É bem o contrário. Por se tratar de uma família triste, sem recurso, cercada de desgraça e falta de esperança por todos os lados até dá pra entender a parte "pesada". Só que o menino traz um pouco de luz no fim do túnel, sabe?

Parece que ele vai dar certo.

Não que dê, né.

Mas é uma graça no meio de tanta coisa esquisita e torta.

Happy family... NOT!


quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal, gente boa!




segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

I never tell


Só pra constar que eu gostava muito dela, que eu vi a maioria dos filmes que ela fez, gostei deles e que ela participou de BLOSSOM!!!! Só isso já bastava para ter meu amor eterno.

Rest in peace, Molly...


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Finalmente, Polanski!!



A minha campanha surtiu efeito!!

Um filme dele que eu amo e trata de um assunto que também amo e com muito humor é A dança dos vampiros (Dance of the vampires, 1967).

É envolvente, divertido, interessante e eu preciso assistir de novo. Só pra rir das desventuras de caçadores de vampiros bem únicos. Sem contar no azar que os persegue!


Bem, assiste e depois me fala.


terça-feira, 29 de setembro de 2009