sexta-feira, 27 de março de 2009

"It calls me on and on across the universe"



Depois de tanto tempo querendo ver, depois de tanto tempo com o dvd na mão (já devolvo, juro!), depois de tanta coisa, finalmente assisti Across the universe (2007). Legítima e maluca fã de Beatles, me punia constantemente por não ter apreciado tal obra ainda.

Amei. E a minha parte favorita é quando a oriental e gay Prudence entra no apartamento. "De onde ela veio?" pergunta sempre sexy Sadie. Jude responde: "she came in through the bathroom window". E desde esse momento essa música não sai da cabeça.

Entendeu nada? Explico. Sentaí.

Esse filme é baseado em canções da minha banda favorita. As personagens principais, o casal Jude (Jim Sturgess) e Lucy (Evan Rachel Wood) não poderiam ter nomes mais óbvios. E a hostória vai se formando com personagens das músicas, entremeados por canções interpretadas pelos atores, numa crescente eufórica para quem ama e conhece bastante. Porque eu me emociono com essas coisas de referência e tal. Muito.

Jude vai de Liverpool (claro!) aos Estados Unidos para encontrar o pai desconhecido, deixando pra trás uma vida medíocre. Isso meio da guerra do Vietnã, aquele povo todo americano, principalmente gurizada, indo morrer naquelas matas. E pra lá que foi o namorado da Lucy, uma menina lindinha e básica, uma cocota. E é lá que o namorado morre.

Os dois se conhecem e se apaixonam por meio do irmão dela, Max, um maluquete bem a cara do movimento hippie da época. Todo mundo se envolve numa comunidade, repleta de referências a canções: a dona do apartamento e vocalista de uma banda é Sadie, que logo tem o guitarrista Jo-Jo como acompanhante. Tem a Prudence que eu já citei lá em cima.

Até o Bono faz participação como o metido a messias Dr. Robert, que fala em rimas. E qual não foi minha surpresa a ver Joe Cocker lá no meio. Belezura pura.

O pano de fundo disso tudo é a revolução tentando acontecer nos EUA, com a galera pegando nos cartazes e saindo à rua. Lucy se envolve nisso, já que sua ingenuidade foi jogada no lixo ao ter o namorado exterminado pela guerra, essa mesma safada que mais tarde levou seu irmão pra passear entre os vietnamitas. Se bem que eu gosto de usar a expressão vietcongues. Tanto faz.

O filme não é só pra fãs, não tá? Claro que quanto tu mais conhece, mais coisas tu vai percebendo, mas mesmo assim é extremamente bem feito e conquista qualquer um.

E é uma maneira de conhecer as músicas dos Beatles. Eu fiz minha parte: cada nome têm um link para a música a qual se refere. Clicaí e aprende o que é bom.



domingo, 22 de março de 2009

"How about going barefoot for a while?"


Pela nonagésima-centésima-quinta vez (essa sou eu sendo exagerada - na realidade foram quatro vezes) assisti P.S. Eu Te Amo (P.S. I Love You, 2007). Cheguei a botar o alarme do celular pra funcionar na hora do início. É romântico, engraçado, meio tosco e sincero. A esposa é a Hillary Swank e o marido é o Gerard Buttler. Ela já foi uma menina de ouro. Ele, Leônidas e mais 299 caras.

É um filme lindo e não é nada piegas. Imagina o desastre que poderia ser um filme em que o marido morre e a mulher tem que aprender a seguir em frente? Aquela coisa batida de chorar, aprender aos poucos a se levantar e, no final, encontrar um novo amor.

QUE NADA! Aqui, é totalmente diferente. E é isso que o torna apaixonante. Um marido morto que deixa cartas cheias de humor. Lembranças lindas misturadas com risadas estrondosas - que sempre deixam minha cachorra eriçada, sempre.

Olha, te conto que todos os clichês estão lá, todinhos, mas em cada momento que você acha que vai dizer "eu sabiiiia!" o filme vem e te desmonta. Passa um tranque. E você não consegue não achar engraçado ou compreensível. Ou fofinho.

É um filme pra quem tem um amor. E aprender a manter ele perto, porque as coisas boas não acontecem o tempo todo, mas aparecem pelo caminho pra deixá-lo mais leve. É também um filme pra quem não tem ninguém e precisa sempre lembrar de estar aberto a uma nova oportunidade.

Tá, admito.

O que eu quero é alguém igual ao Jeffrey Dean Morgan. Que. Nem. Que.

Suspiros tomam conta do meu ser...